mawaca-logotipo.png

Conheça as letras das canções do novo trabalho do Mawaca

Em junho, o Mawaca lançou seu sétimo trabalho, o CD/DVD ‘Inquilinos do Mundo’, no Sesc Pompéia, em São Paulo.

Neste  novo trabalho, o grupo apresenta melodias e ritmos dos povos nômades, refugiados, exilados e ciganos de todo o mundo com canções da Macedônia, Bulgária, Romênia, Grécia, Espanha, Índia, México e Haiti que ficaram guardadas na memória como verdadeiros relicários sonoros.

Conheça as letras das músicas com suas respectivas traduções. Gostaríamos de alertar os nossos fãs que todas as traduções foram feitas de forma livre, visto que este é um trabalho a ser feito por linguistas e profissionais da literatura. Apresentamos a forma escrita ou sua pronúncia acompanhada de uma tradução feita por nossos colaboradores e amigos.

JARNANA (canção tradicional de amor da Albânia)

As më jep nj’er ujë moj balluk’ e prërë / Me se të të japë trendafil me ere? / Jarnana, jarnane, jarnana moj të keqëne /Me se t’u ndodh zënë moj balluk’ e prërë? /Me unazëne tënde, trendafil me ere / (tradução: Você não vai me trazer agua, menina de franja? / Com que você vai me trazer agua, minha rosa cheirosa? / O que você tem nas mãos? /Você não vai me trazer um pouco de água, você, moça de franja? /Vou levar água de rosa perfumada pra você! / Refrão: Ah, como eu gosto de você / Oh, com suas mãos, você, moça de franjas / Minha mão está ocupada com a agua de rosas bem cheirosa)

NA KHELAV, NA GILAVAV (canção tradicional cigana da Macedônia)
Na khelav, na gilavav / Mi sudbina me žalinav / So kerdžum e Devleske / Man terne tele ke peske / Abre Devla, so kere / Me sem terno man ma tu tele / O tekije me pirdžum / Mange leko na rakljum / Nasvalipe baro isi man / Lestar terno me ka merav /Duša me (da) ka tsidav /Amane ti ačavav /Sa o Roma ne ka pijen / Pale mande te na roven
(tradução: Meu destino é triste / O que eu fiz meu Deus Que você vai me levar tão cedo? / O que será de mim? / Eu ando errante pelas mesquitas e não consigo achar uma cura / Estou muito doente / Dessa doença vou morrer / Minha alma morrerá / Eu vou partir / E os ciganos nem brindarão / Nem ao menos irão chorar por mim)

CHAJE SHUKARIJE (canção tradicional de amor dos ciganos da Macedônia)

Chajorije shukarije / na phirunde pala mande / na phirunde pala mande / chaje, chaje / Halan pekljan man / (m) ovoch i diljan / Ava (iri) dikh man chaje
(tradução: Minha doce garota cigana (meu docinho) / Você é tão linda / Você é tão linda / Linda, linda! / Você encanta os garotos /Que se derramam / Com seu jeito de andar e sua beleza)

DUMBALA (canção tradicional cigana da Romênia)
hai dai dumale / margareto ‘ntoarcete (2*) / intoarcete asa la mine / amîndoi s-o frigem bine (2*) /  dum daka dumelake dai dumalele (2*) /  dai dumelake dai dumalele /  dikă dakă dumelake dai dumalele / balălău e mandatar /  la intercontinental /  vinde carne fără oase /  la gagicile frumoase / hai dumba dumba dumbai / si-o vinde cu trei lei ciunga (2*) / ooh dai dumalele / dum daka dumelaka dai dumalele (2*) / dikă dakă dumelake dai dumalele (2*) / dai dumelaka dai dumalele / dika daka dumelake dai dumalele / nu te uita că sînt mică / că scot garduc din pămint / nu dispa că sînt brunetă / ditamai barota lento ! / hai dunun dai dai nunun /dai dai dai dai nunun daila (2*) /dum daga duma daga / dai dumalala / dum daga duma daga / dai dumalala / Dai dumalaga / Dai dumalala / Rin daga dumalaga / Dai dumalala Margareta, do not flee, / Come press yourself against me, / So we can have some fun /Dum de dum de dum
(tradução: 
Meu amor é meu chefão / Que vende carne e chiclete / Para garotas bonitas / no hotel Intercontinental / Posso ser pequena, mas sou doce / Eu uso sapatos de saltos altos / Minha pele é escura / Mas eu tenho talento / E estou sempre por perto)

MIN BÊRIYA TE KIRYE /GRANDE PODER (canção tradicional de amor do Curdistão / Coco de Alagoas)
Min beriya te kiriye / Bawerke min beriya te kirye / Jina bê te tu jîn e / Jina bê te ez dijîme / Her kute bi bira xwe tinim / Hez dide min û dijîme / Evin nebe jin sin e Jina be evin qimet nine / Dikim doza evine bawerke min beriya te kirye / Ev çend sal in ez firti me zulm u zonri geleke ditime / Lê bi envina de dijîme bawerke min beriya te kirye
GRANDE PODER: Terra deu, a terra dá, a terra cria / Homem a terra cria, a terra deu, a terra há / A terra voga, a terra dá o que tirar / A terra acaba com toda mal-alegria / A terra acaba com o inseto que a terra cria / Nascendo em cima da terra, nesta terra há de viver / Vivendo na terra que esta terra há de comer / Tudo o que vive nesta terra pra esta terra é alimento / Deus corrige o mundo / Pelo seu dominamento / A terra gira com seu grande poder / Grande poder, com o seu grande poder / Porque no céu a gente vê uma estrelinha / Aquela estrela nasce e se põe às seis horas / Quando é de manhã aquela estrela vai embora / Tem uma maior e outra mais miudinha / Tem uma acesa, outra mais apagadinha / Seis horas da noite é que pega aparecer / Quando é de manhãzinha ela torna a se esconder / E só de noite é que ela brilha em cima do firmamento / O homem planta um rebolinho de maniva / Aquela maniva com dez dias tá inchada / Ali vai se criando aquela folha orvalhada / Começa a nascer aquela obra positiva / Muito esverdeada, muito linda e muito viva / Embaixo cria uma batata que engorda e faz crescer / Aquilo dá farinha pra todo mundo comer / E para toda criatura vai servir de alimento

PUNDELA (canção tradicional do Rajastão/Índia)
De to pundele ni diure e nire / bila a lene diure e e nire / to pundele ri mata a nire / bavari sarimata a ri / De to pundelini baritió nire / bila a leni baritió nire / to pundela paride som matutari / bavari sa paride sam matuta / De to pundele ri a ve e nire / bila a leni ave e nire / to pundele ni o lu u nire / bavari sari o luoni / De to pundele guió nire / bila da guió nire / to pundeló paride som / bavari da paride e sam / De to pundele ri ave e nire / bila a leni ave e nire / to pundele ni o luu nire / bavari sariólu oni
(tradução: Eu penso em você, Pundela meu amor / Eu lhe disse para não ir para o exterior / Mas você queria ir para ganhar algum dinheiro / Você não entendeu que a felicidade estava aqui / Com sua mãe, pai, irmãs, irmãos, e eu, que tanto te amo / Queríamos que fosse não fosse / porque precisamos de você aqui / Mas você não nos ouve, Pundela / Agora que você voltou, você está morta / Como posso viver sem você? / Eu sinto sua falta, Pundela, meu amor)

ARENITA AZUL (‘Huapango’ anônimo de Rio Grande, Oaxaca, México)
Arenita azul / de ‘onde salió / anoche cayó l’agua / la destapó / Ere cubana? / no soy cubana / ere jarocha? / no soy jarocha / qué quiere ser mi maí? / soy mariposa / Desde que te fuiste / no he visto flores / ni lo pajaro cantan / ni l’agua corre
(tradução: Areinha azul / De onde você vem? / Durante a noite a chuva (água) caiu / E a desvendou. / Você é cubana? / Não sou cubana / Você é jarocha? / Não sou jarocha / O que você é, minha amiga? / Sou mariposa!!)

RUMELAJ (canção cigana tradicional da Macedônia e da Romênia)
Seoca mi înima / Mîndra curva mea / Seoca mi înima, mada / Mîndrana mieri (x2) / Rume, Rume, Rumelaj / Haide, haide, haide, / Rume, Rume, Rumelaj / Haide, haide, haide. (x2)
(tradução: Você quebrou meu coração / Minha linda mulher / Você quebrou meu coração, meu bem / Meu amor / Oh, mulheres da Rumélia / Vamos! / Vamos todas juntas!)

SIETE MODOS DE GUISAR LAS BERENJENAS (canção tradicional sefardi / Espanha)
Siete modos de guisados / se guisá la berenjena, / la primera de la guisa / es la vava de Elena, / ya la hace bocaditos / y la mete´n una cena, / esta comida la llaman comida de berenjena / A mi tio, Cerasi / que le agrada beber vino / con el vino, vino, vino / mucho y bien a él le vino / La segunda que la guisa / es la mujer del Shamas / la cavaca por arientro / y la hinchi d´aromat / esta comida la llaman / la comida la dolmá / La traceraque la guisa es mi prima Ester de Chiote / la cavaca por arientro / y la hinchi darroz moti /esta comida la llaman /la comida la al mondrote /La alburnia es saborida / en color y en golor / ven haremos una cena /mos gozaremos los dos / antes que venga el gosano y le quite la sabor / En las mesas de la fiestas / siempre brilla el jandrajo / ya l´hacemos pastelicos / ellos brillan en los platos /asperando a ser servidos con los güevos jaminados /La salata maljasina es pastosa y saborida / mi vecina la prepara con mucho aceite de oliva /estos platos acompañan a los rostros de gallinas / La setena que la guisa es mejor y más janina / la prepara Filisti /  la hijà de la vècina / ya la mete en el forno / de cabeza à la cocina / con aceite y con pimienta / ya la llama: una meyína

ERGEN DEDO (tema tradicional shopsko – Bulgária)

Ergen Dedo, Tcherven dedo / ei taka, pa taka / nakrilvil e kalpatcheto / ei taka, pa taka / Na nagore na nadole / Ei taka, pataka / Pa otide u seloto / Ei taka, pa taka / Ta se vana na oroto / Ei taka, pa taka / Ha opado momete / ei taka, pa taka / Svite momi pobegali / Ei taka, pataka / Ostanala naimalkata / Ei taka, pa taka
(tradução: O velhote de bochechas vermelhas / Ei taka pa taka (assim assado) / Vestindo seu boné de camponês / Ei taka pa taka (assim assado) / Pula para cima e pra baixo / Ele foi para vila / E se juntou ao horo / Dançou com as moças / Mas todas elas fugiram / Apenas a mais jovem / Angelina ficou / O velho solteirão, de bochechas vermelhas / Ei taka pa taka (assim assado) / Colocou seu boné / Ei taka pa taka (assim assado) / E dançou / Ei taka pa taka (assim assado)

BAIDOUSKA – instrumental (música tradicional dos refugiados gregos na Turquia)

KALAJDZIJSKO KOLO (dança tradicional da Sérvia, ex- Iugoslávia)
adaptação e arranjo: Biljia Krstic e Magda Pucci
Não tem letra, apenas onomatopeias

MISIRLOU (canção tradicional de amor do Mediterrâneo Oriental)
Em grego: Misirloú mou, i glykiá sou i matiá / Flóga mou ‘khei anápsei mes stin kardiá / Akh, ya khabíbi, akh ya le-léli, akh / Ta dyo sou kheíli stázoune méli, akh /Akh, Misirloú, magikí, ksotikí omorfiá /Tréla tha mou ‘rthei den ipoféro pia /Akh, tha se klépso més’ ap’ tin Arapiá /Mavromáta Misirloú mou trelí /I zoí mou allázei m’ éna filí /Akh, ya khabíbi ena filáki, ah / Ap’ to glykó sou to stomatáki, ah
Em Yiddish: Vayt in dem midbar / Fun heyser zin farbrent / Hob ikh amol a meydele dort gekent / Miserlou heyst zi / Yeder dort veyst zi gut / Kh’vel di printsesn mer shoyn frgesn nit / Shtil, ovent kil / Un ikh fil az ikh vil mayn gefil / Far ir oysgisn un zi zol visn nor / Az nor zi lib ikh / Mayn lebn gikh ir, yo
(tradução: Minha Misirlou, seu olhar doce / Incendeia meu coração / Ah minha habib, ah minha noite! / Seus lábios derramam mel / Ah, minha Misirlou, mágica /que beleza exótica! / A loucura vai tomar conta de mim / Eu não posso mais suportar / Eu vou roubá-la das terras árabes / Esses olhos negros / minha selvagem Misirlou / Minha vida mudará apenas com um beijo / Ah, ya habibi, apenas um beijo, ah! / Dos seus suaves lábios, ah!)

MAYI A GAYE (canção tradicional do Haiti)
wongolo wale / kile wa vini we’m enco wale / wongolo wale / kile wa vini we’m enco wale / kile wa vini we’m enco / peyi ya change / kile wap vini we’m enco wale (repeat) / peyi ya peyi ya / peyi fine tonbe / peyi ya peyi ya / peyi ya congoule (repeat) / mayi gaye ewa ewa / mayi gaye ti moune yo pren loi / mayi gaye ewa ewa / mayi gaye ti moune yo pren loi / jou pou jou le goumin we sa mal / mete mange nan kay la (repeat 4x) / mayi gaye ewa ewa / mayi gaye ti moune yo pren loi / mayi gaye ewa ewa /mayi gaye ti moune yo pren loi / se pou ginin yan beni nou 
(tradução: Pra onde você está indo / Pra onde você vai? / Meu país ficou mudado / Meu país ficou mudo (quebrado) / Não tenho para onde ir)

Outras Postagens

Mawaca lança oitavo disco

Com repertório inédito, este projeto foca na essência formadora do grupo, iniciado há 27 anos, quando as vozes femininas ainda eram pouco ouvidas, delineando os

Veja mais

MAWACA LAB

O Mawaca inicia a exibição de uma série de vídeos em formato de oficinas, palestras e um podcast com integrantes da banda, mostrando os bastidores

Veja mais

Mawaca lança o disco Nama Pariret

Adquira agora pela plataforma